A resenha de hoje é um acontecimento potente. Carol Chiovatto escreveu especialmente para a Vértebra Latina sobre Às Margens do tempo, livro de
Harlequin . Eu estou apaixonada. Aproveitem!
Um livro sobre ancestralidade escrito por seis autoras, cada uma contando uma história sobre uma mulher diferente, numa época diferente, e a relação familiar entre elas ao longo desse tempo, num mesmo espaço: uma casa com uma grande árvore no quintal.
A construção narrativa nos mantém presos às páginas, pois cada conto é um fragmento desse grande romance geracional fix-up, fora da ordem cronológica, de modo que parte do charme da leitura seja desvendar quando a personagem está.
Assim, temos uma professora no século XIX, uma escritora em alguma parte do século XX, uma parturiente num momento distópico não muito distante do século XXI, criança, adolescente, adulta, idosa, mãe, filha, neta, companheira: mulheres num ambiente com toques fantásticos, pois a árvore não é só uma árvore e a casa não é só uma casa.
Cada uma dessas pessoas é a soma das que vieram antes, na esperança das que virão depois. Como são, quando estão e como o mundo em seu entorno (alguma parte do Brasil, mas qual?) tenta subjugá-las de diferentes maneiras, mas elas persistem.
Espero sempre trazer textos de amigas e escritoras que amo para somar ao nosso corpo de textos. Eu já estou louca por essa leitura!
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Sobre as escritoras:
sobre a nossa resenhista convidada:
CAROL CHIOVATTO é escritora, tradutora e doutora em letras pela Universidade de São Paulo, onde estudou a figura da bruxa como estereótipo do feminino transgressor. Autora da fantasia urbana Árvore Inexplicável Suma, 2022), seu romance de estreia, a também fantasia urbana Porém Bruxa (Avec, 2019; Suma, 2023), recebeu o Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2020 na categoria Narrativa Longa de Fantasia, e sua novela de ficção científica Senciente nível 5 (Avec, 2020) foi finalista do Prêmio Jabuti 2021 na categoria Romance de Entretenimento
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