Não existe uma voz uníssona sobre o que é a América Latina, nem um conceito único, mas sabemos que essa terra que nos constitui é atravessada por disputas narrativas, sociais e epistemológicas e isto não é puramente geografia, afinal quem veio e passou uma régua?
A América Latina transborda fronteiras, excede, mas também tem no cerne da sua história a colonização predatória dos territórios, das pessoas e a espoliação por meio dos processos de escravização. No entanto, é lugar de luta, resistência, guerrilha e poéticas de subversão.
América Latina, América Andina, América Platina, Caribe, América Ladina, Sul Global. Ufa! Quantas Américas existem na nossa América Latina?
Normalmente, quando vou falar, uso América Latina e Caribe, para que não haja um apagamento ainda mais pungente de povos e pertenças e, ao mesmo tempo, exista um entrelaçamento. No entanto, eu trouxe aqui alguns conceitos para pensarmos juntos as tensões, impasses e devires.
À luz de Ochy Curiel, Lélia Gonzalez, Dora Barrancos, María Lugones, Yuderkys Espinosa Miñoso, Sueli Carneiro, Constância Lima Duarte, Julieta Paredes Carvajal, e tantas outras intelectuais, uma coisa é certa: ser mulher ao sul global não tem nem a mesma ginealogia, nem a mesma realidade do que o norte nos ensinou, especialmente para as mulheres pretas, de povos originários, pobres, lgbts.
Então que a gente inverta os mapas, os traçados, as correntezas dos rios e a potência das cordilheiras porque o nosso norte é o sul em constante câmbio, já dizia Torres Garcia. Em espanhol, francês, português, crioulo ou qualquer outra língua que nos venha à boca: !Atrévete! Sim, eu sou uma apaixonada.
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